INFORMAÇÃO SUMÁRIA
Padroeiro: Divino Salvador.
Habitantes: 426 habitantes (I.N.E.2011) e 719 eleitores em 05-06-2011.
Actividades económicas: Agricultura.
Festas e romarias: S. Sebastião (Janeiro), Corpo de Deus (Maio), Santo Ovídeo (Maio), Senhora das Necessidades (Agosto), S. Paio e S. Bartolomeu.
Património cultural e edificado: Igreja Matriz, Pontes e Capelas (Santo Ovídeo, Senhora das Necessidades, S. Paio e S. Bartolomeu).
Outros locais de interesse turístico: Castro, Casa de Avelar, Parque Nacional Peneda-Gerês.
Gastronomia: Queijo da Cachena.
Colectividades: Associação Desportiva e Cultural de Cabreiro.
RESENHA HISTÓRICA
Os primeiros documentos que citam esta igreja datam de 991 e de 1066, segundo informa o Padre Avelino Jesus da Costa. Era então denominada “Caprarios” ou ” Capreiros”.
Na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, em 1258, São Salvador de Cabreiro é citada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.
Em 1320, no catálogo das mesmas igrejas, que o rei D. Dinis mandou elaborar, para determinação da taxa a pagar por cada uma delas, São Salvador de Cabreiro foi taxada em 200 libras, ” de quibus solvat rector pro cento, residuum prestimoniati”. Em 1444, a comarca eclesiástica de Valença, compreendida no território entre os rios Lima e Minho, foi desmembrada do bispado de Tui, passando a pertencer ao bispado de Ceuta, até 1512.
Quando, em princípios do século XVI, as freguesia deste território foram incorporadas na diocese de Braga, D. Diogo de Sousa mandou avaliar os 140 benefícios da comarca eclesiástica de Valença. Cabreiro, enquadrada no julgado de Valdevez, rendia 39 réis, uma libra de cera e 50 alqueires de pão terçado.
Na avaliação que o arcebispo D. Manuel de Sousa mandou efectuar, em 1546, aparece com um rendimento de 70 mil réis. No documento elaborado para o efeito, o Memorial, do vigário da comarca de Valença, Rui Fagundes, diz-se que a vigairaria confirmada desta igreja se estimava em 10 mil réis em dinheiro e pé de altar que valia 8 mil réis.
O Censual de D. Frei Baltasar Limpo, na cópia de 1580 que o Padre Avelino Jesus da Costa utilizou para a elaboração do seu livro “A Comarca Eclesiástica de Valença do Minho”, refere que Cabreiro era da apresentação do visconde de Vila Nova de Cerveira. No documento, a que agora me reporto, esta igreja é denominada “São Salvador do Abreiro”.
Segundo Américo Costa, e de acordo com o registo contido neste Censual, São João de Sistelo era anexa a São Salvador de Cabreiro.
( Fonte consultada: Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo )